A desculpa para o que não tem perdão
“Era uma guerra, depois da qual foi possível devolver a paz ao Brasil. (...) Se não aceitássemos a guerra, se não agíssemos drasticamente, até hoje teríamos o terrorismo”. Com essa frase, o ex-presidente General Emílio G. Médici defendida a prática da tortura no Brasil, mais de dez anos após o fim da ditadura.
Mas não há desculpa para o que não tem perdão. Nada justifica que a prática da tortura tenha se transformado em política de Estado.
O raciocínio justificativo dos militares era um só: “era essencial reprimir não importando se o método adotado era adequado”.
O fato é que esse raciocínio amparava-se na exarcebação da ameaça, já que no Brasil, nem de longe, o “surto terrorista” atingiu a dimensão que lhe foi atribuída.
E nessa retórica da ditadura de negação da tortura para a sociedade e de sua prática nos porões para aniquilar a oposição, inúmeras pessoas foram seviciadas para ceder informações e centenas mortas por não suportar o tratamento desumano aplicado pelos agentes de repressão.
O Brasil tornou-se especialista no assunto, tanto é que re-elaborou alguns métodos, desenvolveu tantos outros e repassou a outras ditaduras latino-americanas seu aprendizado através das aulas de tortura, em que se utilizavam presos políticos como cobaias. O resultado são os milhares de mortos e desaparecidos nesses países. De O Rebate.
“Era uma guerra, depois da qual foi possível devolver a paz ao Brasil. (...) Se não aceitássemos a guerra, se não agíssemos drasticamente, até hoje teríamos o terrorismo”. Com essa frase, o ex-presidente General Emílio G. Médici defendida a prática da tortura no Brasil, mais de dez anos após o fim da ditadura.
Mas não há desculpa para o que não tem perdão. Nada justifica que a prática da tortura tenha se transformado em política de Estado.
O raciocínio justificativo dos militares era um só: “era essencial reprimir não importando se o método adotado era adequado”.
O fato é que esse raciocínio amparava-se na exarcebação da ameaça, já que no Brasil, nem de longe, o “surto terrorista” atingiu a dimensão que lhe foi atribuída.
E nessa retórica da ditadura de negação da tortura para a sociedade e de sua prática nos porões para aniquilar a oposição, inúmeras pessoas foram seviciadas para ceder informações e centenas mortas por não suportar o tratamento desumano aplicado pelos agentes de repressão.
O Brasil tornou-se especialista no assunto, tanto é que re-elaborou alguns métodos, desenvolveu tantos outros e repassou a outras ditaduras latino-americanas seu aprendizado através das aulas de tortura, em que se utilizavam presos políticos como cobaias. O resultado são os milhares de mortos e desaparecidos nesses países. De O Rebate.

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